29 de julho de 2012

LER IMAGENS NO ENSINO DE ARTES

"Não fazer pergunta a imagem, soa como se ela não tivesse nada a dizer" (CARLOS, 2002, p. 67)). Esta afirmativa nos desafia a aprender a ver. Ver não implica apenas a olhar espontaneamente, mas podemos ver algo e aprender com o que estar sendo visto. As imagens são feitas para serem vistas e decodificadas. É o olhar que organiza a experiência e dar sentido à imagem. Neste sentido, ao trabalhar o conteúdo de artes, recorremos unicamente as imagens objetivando promover nos alunos/as o hábito de ver e ler as imagens. Na medida que imagens iam sendo apresentadas, passei a observar as impressões dos alunos ao ver e descrever o que estavam vendo, assim como os impactos que as imagens geravam neles/as. No slides abaixo, vocês identificarão vários pintores de diferentes períodos, com algumas de suas obras. Foi evitado colocar o texto-escrito juntamente como o texto-imagem, para que os alunos fizessem o esforço de lê-las. A autora Ane Mae Barbosa em seu livro "A imagem no ensino da Arte", afirma que precisamos "[...]alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura das obras de artes plásticas estaremos preparando o aluno/a para decodificação da gramática visual, da imagem fixa, e através da leitura do cinema e da televisão, preparemos para aprender a gramática da imagem em movimento (2004, p.34). Outra autora que disserta sobre o alfabetismo visual é Dondis, a qual, ao perceber a soberania das imagens na contemporaneidade diz que o sistema educacional se move com lentidão monolítica, persistindo ainda na ênfase no modo verbal, que exclui o restante da sensibilidade humana, e pouco ou nada se preocupa com o caráter esmagadoramente visual da experiência de aprendizagem dos alunos. 

A partir das pesquisas realizadas ao longo do curso de graduação (pedagogia - UFPB) em torno da imagem, hoje podemos assegurar que a Imagem é um texto, com linguagem e estrutura especifica. Vários são os gêneros imagéticos, a saber: a fotografia, a televisão, o filme, a charge, a xilogravura, as pinturas e esculturas etc. Todos estes gêneros possibilita o educador a constituir alunos/as críticos, reflexivos e sensíveis as diferentes imagens. Vale ressaltar, que durante a aula de artes, de todas as telas que foram apresentadas, as que mais promoveram impactos na turma foram dos artistas: Cândido Portinari e Tarsila do Amaral. Uma aluna, ao término da aula, fez a seguinte afirmativa: "professora eu nunca gostei dessa coisa de arte, porque nunca entendia nada, mas da forma que foi tratado hoje, eu gostei". Para finalizar a aula, foi feita uma releitura da tela OPERÁRIOS, de Tarsila do Amaral. A Releitura da turma recebeu o nome de MULHERES TRABALHADORAS. Neste momento, foi tratado sobre a diferença entre as trabalhadoras, pois apesar de terem em comum a profissão (trabalhadoras domésticas), cada uma tem um modo singular de ser, de ver e sentir as coisas. Assim, o respeito ao diverso foi tratado enquanto um fator determinante para se viver bem em sociedade.

Segue abaixo o slides usado na aula e slides com imagens da releitura da obra 'OS OPERÁRIOS', da artista Tarsila do Amaral. Esta foi a obra escolhida para tratar da temática "Trabalhando as diferenças".

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27 de julho de 2012

REFLETINDO

Ser educador/a é ter humildade, quando ver que seu aluno não estar aprendendo e passar a reavaliar sua prática; Ser educador/a é ouvir a voz e o silêncio de seu aluno, onde muitas vezes encontram-se suas angústias; Ser educador/a é estender as mãos e ensinar o melhor caminho para o conhecimento; Ser educador/a é ter coragem de se posicionar frente as dificuldades encontradas na escola, as quais, muitas vezes são interditos a uma prática pedagógica relevante; Ser educador/a é ser pesquisador, produzindo novos conhecimentos no campo da educação; Ser educador/a é ter responsabilidade e compromisso social; Ser educador/a é promover em todo lugar relações saudáveis, sem preconceito e discriminação; Ser educador/a é ser referência e ter uma vida pautada na ética; Ser educador/a é olhar o outro e perceber um grande tesouro. Ser educador/a é ter determinação e perseverança mesmo quando todos dizem que a educação pública no Brasil não tem valor; Ser educador/a é agir contrário a toda uma lógica paternalista e fisiológica arraigada em alguns setores públicos; Ser educador/a é promover a esperança e a liberdade de muitos; Tudo isto é o mínimo que se espera de um professor-educador.

20 de julho de 2012

EXAME DE VISTA COM A TURMA

No início das aulas com as alunas, identifiquei uma problemática concreta em turmas de Educação de Jovens e Adultos, a saber: a dificuldade de enxergar o texto escrito na lousa. Sabemos que a EJA não se restringe a alfabetização, muito menos é um lugar para a obtenção da carteira de estudante ou exames de vistas. Todavia, não podemos deixar de considerar as reais necessidades dos Jovens, adultos e idosos no que tange a dificuldades de aprendizagens ocasionadas por problemas de visão. Assim, juntamente com a direção da escola, conseguimos o exame de vista para todas as turmas de EJA. O médico responsável pela consulta, durante a realização do exame foi explicando os problemas de visão identificados para cada aluno, posteriormente orientou-os quanto a importância do cuidado com a visão. Um livro produzido recentemente pelo Prof. Dr. Erenildo João Carlos (UFPB), foi "A importância do ato de ver". Esta temática foi tratada com os alunos da minha turma na semana dos exames de vista, destacando o processo pelo qual o OLHO captura o texto, seja o TEXTO ESCRITO ou TEXTO IMAGEM.

2 de julho de 2012

TRABALHANDO A DIFERENÇA

O presente projeto é continuidade do Projeto Cultura de Paz, inicialmente desenvolvidos com dois subprojetos, a saber: Projeto ‘Escola Limpa’ e  Projeto ‘A Ética enquanto premissa central na valorização da vida’. O projeto em tela terá como tema central ‘Trabalhando com a diferença’, o qual, objetiva reconhecer a importância da valorização da diferença existente nas pessoas, comunidades e etnias. Esta valorização parte do pressuposto que para vivermos democraticamente é preciso respeitar os diferentes grupos sociais e culturais. Assim inicialmente apresentamos nossa justificativa fundamentada na Constituição de 1988, Declaração universal dos Direitos Humanos e os Parâmetros Curriculares Nacionais que tem como tema transversal Pluralidade Cultural. Segue abaixo o projeto com o relatório final das ações realizadas.
Ser Diferente é Normal - Gilberto Gil e Preta Gil



ACESSEM O SITE DA CAMPANHA: http://movimentodown.org.br/conteudo/nova-campanha-do-instituto-meta-social-convida-o-p%C3%BAblico-soltar-voz-para-celebrar-diferen%C3%A7 -->